20.3.08

sound

Ainda estou com os ecos de ego trippin na cabeça, principalmente de sensual seduction, do Snoop Dogg, onde ele canta(?), mas estava ouvindo o recente lançamento do albúm de Flo-Rida, apesar de Low ter meio que estourado, ou eu ter ouvido muito, e ter várias participações de rapers bons, não curti o som dele, mas analizar se é bom ou não, não tenho as qualificações para isso.
Dos últimos álbuns que eu escutei, gostei muito do Little voice de Sara Bareilles, com seu hit love song, estava faltando uma cantora com o estilo dela, um piano e uma voz afinados e em sintonia. Por falar em sitonia entre voz e instrumentos, o remix de rehab de Amy Winehouse feita por Jay-Z ficou melhor que a original, aliás o Cabal também fez um som com a base de rehab que ficou melhor, na minha opinião, do que a original, não que a rehab original não esteja boa, o album Back to Black de Amy está bem produzido.
Como uma coisa leva a outra, não podia citar Jay-Z sem falar de American Gangster: o álbum. Um filme muito bom, excelente, inspirou o rapper a fazer um cd a altura, na qual particularmente gostei muito, de todas as musicas, e a única musica que o filme usa do CEO da Roc-A-Fella, naual produziu a trilha sonora do filme, vem de um álbum, na qual não preciso falar muito; o trailer usa a Heart of city (ain't no love) do álbum Blueprint, considerado um dos melhores da carreira de Jay-Z.
Falando em remixes e em Cabal, o rapper disponibiliza toda quarta feira no seu blog, uma música para download, dos quais devo ressaltar os remixes de coisas que eu sei e D.A.N.C.E, além de canção da vitória, que eu gostei muito,achando muito boas.
Essa foi minha tentativa de diminuição de chiado na rede na parte de sons pelo menos.

8.3.08

Aerodinâmica

Estava a ver o blog tiago in tokio (http://www.tiagointokyo.blogspot.com/) sobre os problemas aviários em Tokio, os corvos. Nós paulistanos (e muitos cidadõas do Brasil) nos deparamos com os problemas dos pombos e suas rajadas. Antes estar sujo do que ser atacado como num filme de Hitchcock, por que é o que os corvos fazem em represalia, eles não fogem ao bater o pé, eles avançam. Problemas lá e aqui, não vou reproduzir o texto do Tiago aqui, nem repetir o que ele escreveu em outras palavras, ou ainda fazer uma comparação com os pombos. Mas vou fazer um paralelo com outro pássaro, o urubú.
Em São Paulo, nas regiões perto dos rios pinheiros e tietê, eles são reis do ar. Ar este, poluido e fétido que respiramos por que estamos acostumados, que é rotas de aviões e helicópeteros (2º maior frota do mundo) oferecendo o perigo a quem ousa tirar-lhes a coroa e a quem os vê do chão, por ser uma área urbana. Certamente não faz por mal, assim é sua natureza, voar, se não fosse ficaria em terra ou em água, lógico. Porém se em sua natureza tivesse um pouco mais de ousadia e coragem, atacar-nos em terra não seria problema algum.
Nunca fiquei sabendo de algum ataque de urubús à pessoas, vivas pelo menos, mas não seria problema, pelo seu tamanho e força no bico e nas garras, capaz de rasgar e destroçar. Talvez se soubessem do medo que as pessoas carregam ao ver sua figura sinistra, sem falar do tamanho, eles talvez tentariam nos atacar ao menos uma vez. Nunca me esqueço de ver uma cena que de certa forma me deixou impressionado, ao atravessar a ponte cidade universitária, me deparei com 2 urubús no alto de 2 postes de iluminação, como se estivessem guardando a entrada da ponte, olhei admirado e parei por uns segundos, decidi pegar a câmera para tirar foto, quando me preparo pra tirar a foto eles nãoestavam mais lá. Ainda tentei caçar com o olhar eles no céu azul e ensolarado de São Paulo, mas não consegui, eles sumiram.
Pombos, corvos e urubús, pássaros com diferentes aerodinâmicas mas com o mesmo principio, uns caçam, outros coletam e outros esperam, por que foram desenhados para fazer estas funções, apesar do tamanho, não sei se o urubú poderia atacar com eficiencia, por causa do pescoço longo, mas consegue voar por horas por suas asas grandes, usando bolsas de ar quente para plainar. Modificamos tanto o ambiente que quando vemos os animais se adaptando e fazendo parte dessa sociedade de alguma maneira ( como forma de um problema), nos incomodamos, por que não desenhamos a sociedade para a função deles.
Contudo, eles continuam a incomodar, por que atacam, sujam e esperam, e tememos principalmente por aqueles que esperam, pela impressão que ele estará lá no final.

3.3.08

Cloverfield part 1

Análise Crítica de Cloverfield

Sinopse: O filme mostra a jornada de 5 amigos, que festejavam em NYC a promoção a vice-presidente de um deles (Rob) em uma empresa japonesa na noite em que uma eséciede monstro gigante ataca a cidade, para salvar a namorada de Rob, presa em seu apartamento e depois sair de NYC.

Elenco: Lizzy Caplan como Marlena Diamond

Jessica Lucas como Lily Ford

T.J. Miller como Hudson ‘Hud’ Platt

Michael Stahl-Davis como Rob Hawkins

Mike Vogel como Jason Hawkins

Odette Yustman como Beth McIntyre

O filme, gravado em um estilo caseiro como os postado no youtube, na verdade foi filmado com a câmera Sony CineAlta F23 high-definition video, e depois, na edição foi dado o aspecto de caseiro, se desenvolve, muda, cinematograficamente durante o filme e essas mudanças estão intrínsicamente ligadas ao desenvolvimento da história, onde tudo se resume com antes e depois do ataque do monstro a NYC.

Os planos de filmagens usados no começo do filme são, majoritariamente, Plano americano e plano médio, com muitos closes nas pessoas com quem o “câmera” fala, com alguns super closes em alguns zoom-ins para alcançar os rostos de pessoas do grupo. Como um dos protagonistas está filmando, e isso faz da camera um pseudo personagem, ele carrega a câmera enquanto corre e foge dos ataques, ficando cansado, ai os planos mudam, primeiro para plano americano e depois para plano aberto, mostrando, além do preparo físico, a motivação de cada personagem para cumprir a jornada de adentrar a cidade em vez de sair dela, para salvar Beth, a namoradinha de Rob, assim os personegens ficam meio distântes um do outro nessas corridas.

Apesar de hud não aparecer muito no filme, ele interage muito com os personagens do grupo, falando, não deixando o espectador se sentir parte do acontecimento e sim um observador posterior das imagens gravadas, como a atmosfera do filme deixa claro bem no inicio do filme. Assim sendo, um dos recursos usado pelo diretor para não ter que fazer cenas muito longas, foi criar situações onde Hud tem que desligar a câmera ou ela é desligada, não tendo cenas longas ou cortes durante a ilmagem, fazendo de um filme complicado, mais complicado ainda.

Os eventos filmados pela câmera, pelo menos a trama principal, se passa em 7 horas, durante a madrugada, são filmados com luz artificial do ambiente, exceto por uma cena nos túneis do metro em que ora é usado, de forma ineficiente, a luz da câmera, ora é usado o nightvision, revelando mais componentes na cena, onde antes só tinha uma percepção pelos sons produzidos por eles.

A luz ambiente, nas ruas de Manhattan, são mais avermelhadas, misturados com o estilo de filmagem, o contraste e nitidez exibidos pela câmera, o que estão bem equilibrados para as luzes das ruas, criam um clima de tensão ainda maior, pelo monstro estar na ilha, porém na ponte do Brooklin, as luzes são mais azuladas, pela ponte ser usada como rota de saída, já é um cenario de pouca tensão e de muitas dúvidas, até o monstro atacar a ponte e as luzes se apagarem, assim as pessoas tem de voltar para manhattan e suas ruas, onde tem as luzes de espectros avermelhados, de volta para a tensão e o desespero.

Além da luz ambiente usada no filme de forma interessante e até certo ponto nova para uma experiencia cinematográfica para a maioria das pessoas nas sessões, o ângulo de filmagem também merece ser mencionado. As imagens são feitas da linha de visão de uma pessoa alta, por volta de 1,90m, com uma inclinação de poucos graus em relação á um eixo vertical imaginário, ou seja, a inclinação se deve pelo fato da pessoa gravar olhando para o visor lateral de LCD da câmera. Nessa situação, o enquadramento e os planos de filmagem ficam meio incomuns para o cinema tradicional, onde se usam intercalamento de planos e, as vezes, até enquadramento, para passar a idéia do momento de forma certa. Em Cloverfield não acontece muitos intercalamentos de planos ou enquadramentos, apesar de haver uma sequêcia que ajuda na melhor visuação de algumas situações, mas ajuda a não ver outras, onde é proposital, para passar a idéia do filme de maneira correta, apesar de parecer uma antítese para confimar a tese, e explicar os planos de filmagens do filme, não é, é apenas uma forma diferente de passar uma história interagindo com o público.

O processo de interação com o público se dá de forma investigativa, o espectador monta a trama principal do filme vendo a ordem cronológica dos eventos como testemunha ocular. Além da possibilidade de extender isso além filme, com os sites das empresas ficticias eacontecimentos que podem estar relacionados com alguns fatos que ocorreram no filme.

A história de cloverfield não foi totalmente contada, pelo menos não houve uma conclusão nesse filme, o que pode ter deixado muita gente que assistiu o filme aborrecida, pra não dizer muito irritada, por não haver essa conclusão da história, quebrando o ciclo mítico do herói, assim como Blair witch project. Há 9 anos atrás presenciei a mesma reação e até mesmo as mesmas falas de parte do público, no termino do filme, que presenciei em Cloverfield, criando uma clara divisão em dois grupos opostos de espectadores deste filme, os que adoraram o filme e os que odiaram o filme. Exatamente como a 9 anos atrás, mas dessa vez o trabalho com o roteiro, decupagem e marketing do filme foram feitos por uma equipe de profissionais qualificados sob o comando de uma cabeça com idéias pouco convencionais, por que ainda é cedo para chama-lo de genial.