Análise Crítica de Cloverfield
Sinopse: O filme mostra a jornada de 5 amigos, que festejavam em NYC a promoção a vice-presidente de um deles (Rob) em uma empresa japonesa na noite em que uma eséciede monstro gigante ataca a cidade, para salvar a namorada de Rob, presa em seu apartamento e depois sair de NYC.
Elenco: Lizzy Caplan como Marlena Diamond
Jessica Lucas como Lily Ford
T.J. Miller como Hudson ‘Hud’ Platt
Michael Stahl-Davis como Rob Hawkins
Mike Vogel como Jason Hawkins
Odette Yustman como Beth McIntyre
O filme, gravado em um estilo caseiro como os postado no youtube, na verdade foi filmado com a câmera Sony CineAlta F23 high-definition video, e depois, na edição foi dado o aspecto de caseiro, se desenvolve, muda, cinematograficamente durante o filme e essas mudanças estão intrínsicamente ligadas ao desenvolvimento da história, onde tudo se resume com antes e depois do ataque do monstro a NYC.
Os planos de filmagens usados no começo do filme são, majoritariamente, Plano americano e plano médio, com muitos closes nas pessoas com quem o “câmera” fala, com alguns super closes em alguns zoom-ins para alcançar os rostos de pessoas do grupo. Como um dos protagonistas está filmando, e isso faz da camera um pseudo personagem, ele carrega a câmera enquanto corre e foge dos ataques, ficando cansado, ai os planos mudam, primeiro para plano americano e depois para plano aberto, mostrando, além do preparo físico, a motivação de cada personagem para cumprir a jornada de adentrar a cidade em vez de sair dela, para salvar Beth, a namoradinha de Rob, assim os personegens ficam meio distântes um do outro nessas corridas.
Apesar de hud não aparecer muito no filme, ele interage muito com os personagens do grupo, falando, não deixando o espectador se sentir parte do acontecimento e sim um observador posterior das imagens gravadas, como a atmosfera do filme deixa claro bem no inicio do filme. Assim sendo, um dos recursos usado pelo diretor para não ter que fazer cenas muito longas, foi criar situações onde Hud tem que desligar a câmera ou ela é desligada, não tendo cenas longas ou cortes durante a ilmagem, fazendo de um filme complicado, mais complicado ainda.
Os eventos filmados pela câmera, pelo menos a trama principal, se passa em 7 horas, durante a madrugada, são filmados com luz artificial do ambiente, exceto por uma cena nos túneis do metro em que ora é usado, de forma ineficiente, a luz da câmera, ora é usado o nightvision, revelando mais componentes na cena, onde antes só tinha uma percepção pelos sons produzidos por eles.
A luz ambiente, nas ruas de Manhattan, são mais avermelhadas, misturados com o estilo de filmagem, o contraste e nitidez exibidos pela câmera, o que estão bem equilibrados para as luzes das ruas, criam um clima de tensão ainda maior, pelo monstro estar na ilha, porém na ponte do Brooklin, as luzes são mais azuladas, pela ponte ser usada como rota de saída, já é um cenario de pouca tensão e de muitas dúvidas, até o monstro atacar a ponte e as luzes se apagarem, assim as pessoas tem de voltar para manhattan e suas ruas, onde tem as luzes de espectros avermelhados, de volta para a tensão e o desespero.
Além da luz ambiente usada no filme de forma interessante e até certo ponto nova para uma experiencia cinematográfica para a maioria das pessoas nas sessões, o ângulo de filmagem também merece ser mencionado. As imagens são feitas da linha de visão de uma pessoa alta, por volta de 1,90m, com uma inclinação de poucos graus em relação á um eixo vertical imaginário, ou seja, a inclinação se deve pelo fato da pessoa gravar olhando para o visor lateral de LCD da câmera. Nessa situação, o enquadramento e os planos de filmagem ficam meio incomuns para o cinema tradicional, onde se usam intercalamento de planos e, as vezes, até enquadramento, para passar a idéia do momento de forma certa. Em Cloverfield não acontece muitos intercalamentos de planos ou enquadramentos, apesar de haver uma sequêcia que ajuda na melhor visuação de algumas situações, mas ajuda a não ver outras, onde é proposital, para passar a idéia do filme de maneira correta, apesar de parecer uma antítese para confimar a tese, e explicar os planos de filmagens do filme, não é, é apenas uma forma diferente de passar uma história interagindo com o público.
O processo de interação com o público se dá de forma investigativa, o espectador monta a trama principal do filme vendo a ordem cronológica dos eventos como testemunha ocular. Além da possibilidade de extender isso além filme, com os sites das empresas ficticias eacontecimentos que podem estar relacionados com alguns fatos que ocorreram no filme.
A história de cloverfield não foi totalmente contada, pelo menos não houve uma conclusão nesse filme, o que pode ter deixado muita gente que assistiu o filme aborrecida, pra não dizer muito irritada, por não haver essa conclusão da história, quebrando o ciclo mítico do herói, assim como Blair witch project. Há 9 anos atrás presenciei a mesma reação e até mesmo as mesmas falas de parte do público, no termino do filme, que presenciei em Cloverfield, criando uma clara divisão em dois grupos opostos de espectadores deste filme, os que adoraram o filme e os que odiaram o filme. Exatamente como a 9 anos atrás, mas dessa vez o trabalho com o roteiro, decupagem e marketing do filme foram feitos por uma equipe de profissionais qualificados sob o comando de uma cabeça com idéias pouco convencionais, por que ainda é cedo para chama-lo de genial.
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