8.3.08

Aerodinâmica

Estava a ver o blog tiago in tokio (http://www.tiagointokyo.blogspot.com/) sobre os problemas aviários em Tokio, os corvos. Nós paulistanos (e muitos cidadõas do Brasil) nos deparamos com os problemas dos pombos e suas rajadas. Antes estar sujo do que ser atacado como num filme de Hitchcock, por que é o que os corvos fazem em represalia, eles não fogem ao bater o pé, eles avançam. Problemas lá e aqui, não vou reproduzir o texto do Tiago aqui, nem repetir o que ele escreveu em outras palavras, ou ainda fazer uma comparação com os pombos. Mas vou fazer um paralelo com outro pássaro, o urubú.
Em São Paulo, nas regiões perto dos rios pinheiros e tietê, eles são reis do ar. Ar este, poluido e fétido que respiramos por que estamos acostumados, que é rotas de aviões e helicópeteros (2º maior frota do mundo) oferecendo o perigo a quem ousa tirar-lhes a coroa e a quem os vê do chão, por ser uma área urbana. Certamente não faz por mal, assim é sua natureza, voar, se não fosse ficaria em terra ou em água, lógico. Porém se em sua natureza tivesse um pouco mais de ousadia e coragem, atacar-nos em terra não seria problema algum.
Nunca fiquei sabendo de algum ataque de urubús à pessoas, vivas pelo menos, mas não seria problema, pelo seu tamanho e força no bico e nas garras, capaz de rasgar e destroçar. Talvez se soubessem do medo que as pessoas carregam ao ver sua figura sinistra, sem falar do tamanho, eles talvez tentariam nos atacar ao menos uma vez. Nunca me esqueço de ver uma cena que de certa forma me deixou impressionado, ao atravessar a ponte cidade universitária, me deparei com 2 urubús no alto de 2 postes de iluminação, como se estivessem guardando a entrada da ponte, olhei admirado e parei por uns segundos, decidi pegar a câmera para tirar foto, quando me preparo pra tirar a foto eles nãoestavam mais lá. Ainda tentei caçar com o olhar eles no céu azul e ensolarado de São Paulo, mas não consegui, eles sumiram.
Pombos, corvos e urubús, pássaros com diferentes aerodinâmicas mas com o mesmo principio, uns caçam, outros coletam e outros esperam, por que foram desenhados para fazer estas funções, apesar do tamanho, não sei se o urubú poderia atacar com eficiencia, por causa do pescoço longo, mas consegue voar por horas por suas asas grandes, usando bolsas de ar quente para plainar. Modificamos tanto o ambiente que quando vemos os animais se adaptando e fazendo parte dessa sociedade de alguma maneira ( como forma de um problema), nos incomodamos, por que não desenhamos a sociedade para a função deles.
Contudo, eles continuam a incomodar, por que atacam, sujam e esperam, e tememos principalmente por aqueles que esperam, pela impressão que ele estará lá no final.

Um comentário:

MNovaes disse...

Engraçado como o número de pombos porém na região da Av. Paulista onde resido diminuiu substancialmente de alguns anos pra cá... Não sei como o fizeram, mas sinceramente deu certo.
Nunca gostei muito de pombos... só pra tentar chutar, isso era bem legal. =)


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